segunda-feira, 16 de abril de 2012

DA SÉRIE: COISAS DE QUE NÃO ME ORGULHO COMO MÃE (1 de infinitas)

Neste sábado, Caio cantou parabéns contra sua vontade. As pessoas já estavam todas em volta do bolo, esperando. Ele não queria, chorou e tudo, eu e o pai o "convencemos" com aquelas voltas que só os pais sabem dar em seus próprios filhos. Cantamos, ele deu poucos sorrisos, apagou a vela com uma bexiga (perigo!), chorou quando o tio quis abraçá-lo (e estourou suas esculturas de bexiga), mas em pouco tempo estava novamente brincando animado pela festa. 

Depois, me arrependi. Teria sido tranquilo dizer às pessoas que não haveria parabéns, cortaríamos o bolo e tudo bem. Pra que "convencê-lo" de algo que ele não queria - e não precisaria - fazer? Já era tarde demais para este aniversário, mas não para os próximos. No dia seguinte, na deliciosa curtição pós festa, perguntei porque ele não queria cantar parabéns. Ele disse: "Ah, porque não gosto, mamãe". Eu ainda tentei: "Mas é legal, todo mundo feliz em volta de você... Porque você não gosta?" Ele: "Ah, porque não. Prefiro o bexigão". Rá! (pra quem não sabe, é aquela bexigona cheia de tranqueira que estoura na cabeça da criançada, que sai desesperada catando o que vê pela frente...).

Fiquei lembrando dos meus próprios aniversários, e da vergonha que eu sentia na hora do parabéns (sinto até hoje, ainda bem que há muito tempo não passo por isso): nunca gostei daquele povo todo concentrado em mim, é uma das coisas para a qual sou tímida. Daí conversei com marido, e ficou decidido: não quer cantar parabéns, não vai cantar. Simples, como deveria ter sido no sábado. A decisão amenizou minha culpa por tê-lo feito passar por aquilo sem estar a fim, mas a situação continua encabeçando minha lista das (milhares de) coisas de que não me orgulho como mãe, e tá aqui esse post pra não me deixar esquecer.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

4 anos


 

Há quatro anos atrás, nesse exato momento, eu tinha acabado de ter uma crise de choro insana e um mega piti com o marido, após um dia todo lavando roupinhas de bebê e arrumando a casa. E contava para a única pessoa da minha família (minha irmã do meio) que teria meu filho em casa, liberando um peso do meu coração. Poucas horas depois, entrava em trabalho de parto, como já contei aqui, e no dia 07 de abril nascíamos todos: mãe, pai e filho.

Quatro anos depois, estou aqui curtindo um relax com o meu menininho crescido, que já tem dores de crescimento e acaba de me perguntar coisas como "o que é uma iguana" ou "onde fica a França". E, enquanto me distraio no computador, apronta artes de se lambuzar com minha maquiagem. O tempo voa, meu povo. E daqui há pouco é o meu bebezico que vai fazer um ano...