segunda-feira, 14 de maio de 2012

TEMPOS DE NOSTALGIA


Agora há pouco, pra rebater uma gripe, acabei com o último pacotinho de pau de canela que tinha sobrado das vésperas do parto do Nuno. Foi a chave de ouro dos tempos nostálgicos que tenho vivido desde o feriado, quando resolvi arrumar os armários dos meninos para o frio, retirando calças curtas, camisetas com barriga de fora e bodies que, para fechar, ficam com a gola no umbigo (quem nunca?): foi demais para mim pôr em uso, para o Nuno, roupinhas e sapatinhos que, na minha cabeça louca de mãe, o Caio usou até outro dia... 

Somada a essa empreita, uma outra, de produzir fotolivros que comprei numa promoção e deixei para a última hora, me fez passar dias e dias vendo fotos de todos os meses do Nuno, lembrando de cada caretinha, cada novo aprendizado, cada descoberta como mãe de dois. Fiquei nostálgica demais, meio descrente que meu filho já iria completar um ano. Desde então, comecei a me preparar psicologicamente, porque internamente eu não tava aceitando, olha o nível da loucura! Comecei até a pirar pensando como eu vou ficar insuportavelmente nostálgica quando ficar mais velha, com filhos na faculdade e tals... e que tenho que me preparar desde djá! Afe.

Agora, o dia chegou. Amanhã filhote completa um ano (e me dá um alívio pensar que só às dez da noite, rá!) e, desde a hora em que fui colocá-lo para dormir, meus pensamentos são pura nostalgia: as vésperas do parto, o dia do parto, os primeiros meses. E eu que pensava que, como mãe de segunda, não passaria por toda essa nostalgia de novo... Mas a verdade é que, no segundo filho, perdoem-me o clichê, tudo passa rápido demais, e, pra mim, uma canceriana chorona, constatar isso dói um tantinho, e a nostalgia parece que está até maior que da primeira vez... mesmo porque ela vem em dobro, pelo primeiro e pelo segundo filho! Mas, por outro lado, como toda fase é sempre mais deliciosa que a outra, estamos numa curtição só por aqui, entre gargalhadinhas contagiantes, adoráveis conversinhas em bebenês, interações cada vez mais intensas (e tensas, hehe) entre irmãos, muitos carinhos, muitas artes, uma idolatria com o papai e um grude intenso com a mamãe. Mas isso é assunto pra outro post.

Enfim, preciso aprender a lidar melhor com o tempo, mano velho, para poder segurar minhas pontas com as passagens de ciclos. Mas por enquanto, me permito curtir a nostalgia.




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(enquanto escrevia esse post, li esse aqui da Carol, e me senti bem menos doidja. Valeu, querida.)